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Lugar de Mulher é na Exportação



“Empresas envolvidas no comércio internacionais empregam mais mulheres. Nos países em desenvolvimento, as mulheres representam 33% da força de trabalho das empresas que participam do comércio internacional.

O comércio também gera melhores empregos para as mulheres. Os trabalhadores das economias desenvolvidas e emergentes tem 50% mais chances de obter empregos formais se trabalharem em setores que estão mais integrados as cadeias globais de valor.

Uma maior abertura ao comércio, de acordo com a relação entre comércio e produto interno bruto, apresenta os mais altos níveis de igualdade de gênero.” Ou seja, quanto mais aberto ao mundo o país é para comercializar, mais desigualdades ele está combatendo.

Sem contar que uma mulher economicamente ativa ela investe nela, na família e na sua comunidade, é um ganho econômico e social.


Quais são os desafios que as mulheres enfrentam para exportar no meu país, o Brasil?

51% da nossa população é mulher, mas apenas 13% delas são empreendedoras em comércio Exterior, ganham até R$ 5.000,00 e a maioria é ainda sofre de síndrome da impostora e esgotamento profissional (o famoso síndrome de burnout), segundo pesquisa fresquinha que realizamos através da iniciativa Mulheres no Comex, a qual sou fundadora.

O que quero chamar a atenção é o que nós mulheres além dos desafios de sermos empreendedoras e da internacionalização de nossas empresas (busca de mercados, adaptação de produto, embalagens, legislações, burocracia, etc..), temos outros desafios internos para superarmos, nossos medos, inseguranças.

Temos que nos encorajarmos, apoiarmos umas às outras, buscarmos apoio institucional, governamental e com profissionais da área. Somos capacitadas, a maioria de nós (42%) são pós graduadas! Nossos negócios apesar de abrirmos mais tarde, são mais duradouros. Temos que acreditar em nossas potencialidades e o que não soubermos, procuramos apoio!

Em termos de Comércio internacional, o Brasil representa um pouco mais que 1% da economia global, e de todas as empresas abertas, menos de 1% são exportadoras/Importadoras, apesar de sermos um país grande com uma biodiversidade rica, temos muitas oportunidades tanto de produtos quanto de serviço no comércio internacional. E acordos comerciais além de beneficiarem um fluxo de bens e serviços, podem também apoiar mulheres, como é o caso do acordo entre Brasil e Chile, que foi assinado recentemente, e que já contempla capítulo para apoiar as mulheres e pequenas empresas.


E como podemos acelerar esses dados?

Temos que nos apoiar! Eu no meu negócio, faço questão de trabalhar com mulheres, mas isso é sexismo? Perguntam, não! Eu quero gerar mais oportunidades para elas e com elas, para diminuir nossos gaps.. Se vou fazer um processo de importação, primeiro vejo se dentro da minha rede de contato eu consigo fazer com uma despachante mulher, se não? Tudo bem em seguir com um homem, mas sempre pergunto, trabalha alguma mulher com você? Faço questão que ela também participe e lidere o meu trabalho!

Quando vou desenvolver uma consultoria de inclusão de gênero em Comércio exterior, aciono minha rede de contato e vejo qual amiga que pode me apoiar nesse trabalho, e quando vejo uma empreendedora que ela está estruturando seu negócio, e que tem as competências necessárias, caminhamos juntas! Não acredito que irei mudar muitos esses números que são esmagadores, mas o pouco que eu puder fazer, eu o farei para mudar esse cenário. E hoje nesse evento eu convido a todas as colegas que estão aqui, representantes de diversos países, para nos apoiarmos, nos conectarmos, entendermos dos negócios e como uma pode apoiar a outra, para gerarmos mais oportunidades e iniciarmos uma corrente para conectar e impactarmos mais mulheres esse é o meu desejo para minha participação aqui. Por fim, finalizo minha fala agradeço a oportunidade e me colocando à disponível para perguntas ou conexões. Meu Instagram é Monnike Garcia. Obrigada.


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